Anúbis
Anúbis era filho bastardo de Osíris com Set. Ísis, que era irmã e esposa de Osíris, acaba assumindo Anúbis como seu próprio filho. O deus-chacal teria sido responsável por embalsamar o corpo de Osíris, sendo um dos juízes que compunha o tribunal responsável pelo julgamento do recém-morto. Anúbis seria o responsável por conduzir os falecidos ao submundo e presidia a cerimônia da "pesagem do coração", que decidiria o destino da alma de seu dono.

Anúbis também pode ser considerado o deus que protege a alma dos mortos, devido a isso muitos necromantes o odeiam. Muitos Inus rezam por sua proteção antes da batalha para que, caso eles morram, Anúbis os conduza em paz até seu destino final. Muitos túmulos Inus ou Lupinos possuem preces cravadas em suas pedras pedindo a Anúbis proteção ao ente querido que ali descansa.
Pesagem do coração
Logo após o falecimento, o indivíduo perdia acesso a todos os prazeres e regalias que desfrutava em sua existência terrestre. Para recuperar seus benefícios em sua nova existência, a pessoa - seja qual fosse a sua posição social em vida - era conduzida pelo deus Anúbis para se apresentar a um tribunal, local em que sofria uma avaliação de seus erros por outros quarenta e dois seres divinos.
Antes do início do julgamento, era entregue ao falecido o "Livro dos Mortos", onde obtinha as devidas orientações de seu comportamento durante a sessão a ser realizada. Para que recebesse a aprovação das divindades, era necessário que o julgado não tivesse cometido uma série de infrações, como roubar, matar, cometer adultério, mentir, causar confusões e escutar as conversas alheias. No ápice do julgamento, Anúbis pesava o coração do falecido em uma balança.
Para que a pessoa recebesse aprovação, seu coração deveria ser mais leve que uma pena. Caso contrário, o indivíduo não poderia entrar no Paraíso, o local de descanso eterno, e sua alma era arrastada por uma criatura com cabeça de crocodilo até o inferno.